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Vereador de Camapuã causa polêmica ao justificar ausência em reunião com governador: “Fui jogar bola”

Uma fala inusitada e em tom de deboche no plenário da Câmara Municipal de Camapuã gerou forte repercussão entre lideranças políticas e moradores do município. O vereador Nilcilei Cavalheiro Pereira, conhecido como Nilcilei Dog (PSD), afirmou publicamente que optou por não participar de uma reunião com o governador Eduardo Riedel para, segundo ele, cumprir um compromisso mais importante: jogar futebol.

O encontro, promovido pelo Governo do Estado no âmbito do programa “MS Ativo”, reuniu representantes de diversos municípios para discutir prioridades de investimentos em áreas como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. A participação dos vereadores era vista como estratégica para garantir avanços para suas respectivas cidades.

Apesar disso, Nilcilei Dog justificou sua ausência da seguinte forma durante uma sessão na Câmara:

Não ia perder tempo. Tinha compromisso mais importante: fui jogar bola, lá na ARMAC.

A declaração repercutiu de forma negativa nas redes sociais e entre os próprios moradores de Camapuã, que cobraram respeito à função pública exercida pelo vereador. A atitude também foi criticada por membros da classe política local, especialmente porque a reunião com o governador envolveu pautas diretamente ligadas ao desenvolvimento do município.

Outro vereador, Luiz Gonzaga, também não esteve presente no encontro com o chefe do Executivo estadual. No entanto, ao contrário de Nilcilei, optou por não comentar os motivos de sua ausência.

Repercussão e possíveis sanções

A fala de Nilcilei Dog levanta questionamentos sobre a conduta ética de agentes públicos e reacende o debate sobre o decoro parlamentar. De acordo com a Lei Orgânica do Município, o Regimento Interno da Câmara e a Constituição Federal, vereadores podem ser responsabilizados quando:

  • Adotam postura desrespeitosa perante instituições públicas;

  • Agem de forma incompatível com o exercício do mandato;

  • Denegrirem ou desprezarem as funções institucionais.

As sanções possíveis incluem desde advertência até a cassação do mandato, conforme previsto no artigo 55, inciso II da Constituição Federal, que trata da quebra de decoro parlamentar.

Agora, caberá à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Camapuã avaliar o episódio e decidir se abrirá procedimento disciplinar, assegurando o direito à ampla defesa do parlamentar.

Opinião pública em alerta

Para muitos moradores, o episódio representa não apenas um descaso com a função de vereador, mas também um desrespeito com a população que o elegeu para representar os interesses coletivos. A cobrança por comprometimento e seriedade no trato com a coisa pública se intensifica à medida que a sociedade exige mais responsabilidade dos seus representantes.

Imagem: Divulgação

Bulhõesdigital

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