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Juiz decreta falência de rede que deve R$ 8,4 milhões

Supermercado Soares havia entrado com pedido de recuperação judicial, mas não cumpriu as exigências da Justiça

O juiz José Henrique Neiva de Carvalho, da vara Regional de Falências, Recuperações e de Cartas precatórias cíveis em geral de Campo Grande, decretou nesta terça-feira (6) a falência da rede Supermercado Soares, que tem dívida de R$ 8,4 milhões com mais de 200 credores.

Conforme fundamentação do magistrado foi constatado por laudo pericial que a empresa está “inativa, sem funcionamento e com suas atividades paralisadas (fls.1711), tendo encerrado irregularmente suas atividades. Outrossim, a Recuperanda vem se omitindo no regular andamento do feito”.

Inclusive, a última movimentação do processo antes do decreto de falência, lista uma série de desrespeitos às regras de pedido de recuperação judicial, o que era o caso da empresa.

“A ausência de atividade nas empresas está efetivamente comprovada pelos relatórios da Administradora Judicial; falta de demonstração contábil; inexistência de  empregados e faturamento; situação que retira qualquer possibilidade da manutenção deste feito recuperacional, ante a não observância a um dos requisitos previstos no caput do artigo48, da Lei n. 11.101/2005, que é o de que, no pedido de recuperação judicial, esteja a devedora exercendo a atividade empresarial”.

O juiz ainda congelou todos os bens e veículos que ainda restam da empresa para que os débitos, se possível, sejam quitados. Foi estabelecido ainda prazo de 60 dias para a administradora apresentar a relação dos bens.

No ingresso da ação judicial, em setembro de 2023, a rede ainda contava com quatro unidades abertas. Porém, no decorrer dos meses seguintes, as unidades foram fechando uma a uma até a última, que encerrou atendimento neste mês de julho.

Fechamento das unidades – Aberto em 2016, com crescimento muito rápido durante a pandemia, o Supermercado Soares, como alegado no pedido de recuperação judicial, não soube lidar com o próprio crescimento e ruiu. Conforme o mesmo processo, a dívida atual gira em torno de R$ 8,4 milhões com mais de 200 credores, entre ações trabalhistas e outras.

A rede chegou a ter seis unidades em Campo Grande e tinha como característica atender os bairros. As lojas atuavam nos bairros Paulo Coelho Machado, Los Angeles e Jardim Bálsamo. O supermercado era administrado por Zulene Aparecida Soares Eireli e Thiago Soares, mãe e filho. Conforme processo, as seis lojas chegaram a faturar R$ 7 milhões por mês e teve 200 funcionários no ano de 2022.

CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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