A semana iniciou-se marcada por movimentações intensas no mercado de feijão-carioca, com as atenções voltadas para os desdobramentos das recentes chuvas que impactaram as lavouras de Minas Gerais durante a fase crucial de maturação das plantações, segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe). O resultado direto desse fenômeno climático foi a presença de manchas no produto, adicionando um elemento de incerteza ao cenário comercial.
O feijão-carioca atual, combinado com as reservas da safra irrigada colhida em agosto e setembro do ano passado, tem sido suficiente para atender à demanda corrente. Operadores do mercado relataram a expectativa de poucas reações significativas ao longo desta semana. Diante desse contexto, há uma possibilidade real de que produtores que já alienaram parte de seus estoques considerem liquidar o restante, ajustando-se aos preços médios já alcançados.
A decisão de vender agora ou aguardar por movimentos futuros no mercado torna-se uma encruzilhada para muitos produtores. A impossibilidade de realizar análises definitivas nesse momento gera um ambiente de especulação quanto à estratégia mais eficaz. Aqueles que anteciparam as oscilações positivas do mercado e venderam durante esse período podem colher os frutos de uma decisão oportuna. Da mesma forma, os que estão atualmente na fase de colheita também podem se beneficiar, aproveitando os preços favoráveis.
As colheitas estão apresentando números acima da média, consolidando a região como um player significativo no mercado. No entanto, do ponto de vista matemático, a abundância de produção no Paraná não deve impactar de maneira definitiva as cotações antes do final do mês de abril.
AGROLINK – Leonardo Gottems
