De acordo com a TF Agroeconômica, da forma como os preços da soja estão sendo conduzidos, tendo o Paraná como referência, pode ser uma boa alternativa vender a oleaginosa agora para garantir um lucro. No estado citado, a safra que está sendo vendida tem um lucro ao redor de 20%.
“Você deve aproveitar as altas atuais para ir vendendo, porque os fundamentos de longo prazo são negativos para a soja, com o avanço das colheitas na América do Sul e o anúncio de maior área plantada nos EUA. Se o seu custo/benefício mostrar lucro, qualquer que seja, não hesite em vender. Melhor vender com lucro pequeno do que com prejuízo. E não acredite em vendedores de sonhos”, comenta.
Dentre os fatores de alta, “o Monitor da Seca dos EUA mostrou que 22% da área que normalmente é destinada à soja no país apresentava algum nível de estiagem na última semana, em comparação a 21% na semana anterior e 20% há um ano. Além disso, as exportações do Brasil e também a colheita dão suporte aos preços.
“Exportações menores do Brasil dá suporte à CBOT: Em março, o Brasil exportou 12,630 milhões de toneladas de soja em grão, 4,61% a menos do que os 13,241 milhões de toneladas de igual período de 2023, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Mesmo com a colheita em pleno funcionamento, os preços subiram mais no Brasil do que Chicago: 0,65% no mês/semana e 0,46% no dia, diante da maior demanda para biocombustível”, completa.
“A disponibilidade do grão do Brasil e o início da colheita na Argentina também continuam pesando sobre os contratos”, diz. Além disso, “com excesso de oferta no mundo, consumidores só compram o necessário: a S&P Global disse em relatório que a demanda pela oleaginosa do Brasil está aquém do esperado, com tradings originando apenas o necessário para cumprir contratos”, conclui.
AGROLINK – Leonardo Gottems