O trecho paraguaio da Rota Bioceânica que se conecta à Argentina começou a ganhar os primeiros sinais de pavimentação nesta quinta-feira (16), conforme imagens publicadas pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck.
Conforme o titular, as obras na Picada 500 ultrapassam 220 quilômetros, com custo de 354 milhões de dólares, sendo executadas por quatro consórcios. “São duas frentes de obras em cada trecho e a previsão é de concluir tudo em até 23 meses”, explica Verruck. “O Paraguai avança com a sua obra para se conectar a Argentina e Chile”.
Conforme já noticiado pela reportagem, a estada Picada 500 sai de Mariscal Estigarribia, no departamento paraguaio de Boquerón, e vai até a Pozo Hondo, município fronteiriço com Mision de La Paz, na Agentina.
Pelas informações repassadas pelos engenheiros responsáveis à imprensa paraguaia, cada consorcio será responsável de executar em media 55 km em quatro lotes que ainda terão duas frentes de obras do lote.
São eles: Lote 1 Consorcio Pacifico, integrado pelas empresas Enrique Diaz Benza Cano e Vial Agro S.R.L; Lote 2 pelas empresas Consorcio Chaquenõ do Norte (LT S/A – Construotira Heisecke S/A – Benito Roggio e Filhos S/A; Lote 3 será construído pela empresa CDD Construtora S/A; Lote 4 vai ser de responsabilidade do Consorcio TCR (Engenharia de Topografia e Caminhos S/A e Construtora Isacio Vallejos S/A e Rovella Carranza S/A.
Lado brasileiro –As obras da ponte sobre o Rio Paraguai, que integra a Rota Bioceânica, foram retomadas no dia 6 de janeiro, após o recesso de fim de ano. A execução, conduzida pelo consórcio PYBRA, formado pelas empresas Tecnoedil SA, Paulitec e Construtora Cidade, agora entra em uma nova fase: o trem de avance. Esta etapa será responsável pela suspensão das vigas que formam a estrutura da ponte, com o auxílio de guindastes e cabos.
Prova disso é que um registro feito pelo fotógrafo Toninho Ruiz, nesta quarta-feira (15). Voo aéreo já mostra trabalhadores e maquinários em ação. A montagem do trem de avance, equipamento que permite o deslocamento das vigas de um vão para o outro, é essencial para o avanço da obra.
O trem será posicionado sobre trilhos e contará com guindastes para ajustar as vigas nos pontos exatos, destacou o consórcio responsável pela obra.
Durante esse processo, as torres que sustentam a ponte, com 130 metros de altura cada, também serão concluídas para garantir a estabilidade da estrutura. Para a construção dessa nova etapa, o consórcio PYBRA, contratou mão de obra especializada. As atividades estão previstas para ter início em fevereiro.
Com os pilares e o assoalho de concreto já finalizados, a construção se aproxima da fase final, em que as torres de sustentação e os cabos que cruzarão o rio começarão a ser posicionados.
O projeto tem como objetivo ligar os territórios do Brasil e do Paraguai, criando uma nova via de integração entre os países. Ao todo, a ponte será uma das mais importantes infraestruturas da Rota Bioceânica, conectando o Brasil (Porto Murtinho) ao Paraguai (Carmello Peralta).
Por Gustavo Bonotto e Lucia Morel, Campo Grande News