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Cores transformam rua e mostram como grafite tira a cidade do cinza

Após horas de muito trabalho, trecho da Fábio Zahran ficou colorido com arte de grafiteiros de Campo Grande

Cores, mensagens e o talento de 13 artistas grafiteiros agora são vistos de longe  na Avenida Fábio Zahran. Ontem, os profissionais se uniram para comemorar o Dia do Grafite, celebrado em 27 de março, pintando 120 metros de parede do almoxarifado da Prefeitura de Campo Grande. A iniciativa é a esperança de mais espaço para essa arte na cidade.

“A oportunidade de cada espaço ser valorizado comporta a colaboração da Prefeitura, Goverdo Estadual, melhorias de editais, possibilidade de liberdade de organizar projetos e lugares para mostrarmos a nossa arte”, disse San Martinez, artista grafiteiro e um dos organizadores do movimento.

Eles conseguiram autorização cinco meses antes para a pintura, mas reforça que novas oportunidades não carecem apenas de espaço para produzirem, mas de uma consciência coletiva sobre a transformação que o grafite causa. “Para ocupar a cidade com o grafite, nao é preciso só autorização, é necessário uma união de responsabilidades e noções de comportamento visual, noções de que esse comportamento visual transforma o meio que a gente vive. O grafite é uma missão”, diz San.

Mais cedo, enquanto o público se dedicava aos desenhos cheios de cores e identidades, o grafiteiro e tatuador Wil de Almeida, 25 anos, relatou que o evento é importante para a luta pelo reconhecimento dos 50 anos do movimento Hip Hop, um conjunto cultural formado pela música, dança e arte. “Esse mural é um presente para a cidade. Uma expressão de arte ainda estigmatizada”, disse.

Além da divulgação do grafite, Erika Pedroso, de 35 anos, disse que a ação ajuda a contribuir com o conhecimento dos artistas. “Temos que ocupar os lugares com a nossa arte, mas também é um momento de troca de conhecimento, onde compartilhamos materiais e novas técnicas”.

Confira a galeria de imagens:

Fonte: Campo Grande News

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