O panorama da colheita de arroz no Rio Grande do Sul foi marcado por desafios recentes devido a condições climáticas adversas. Segundo dados do Instituto Rio Grandense do arroz (IRGA), a área cultivada atinge a marca de 900.203 hectares, com uma estimativa de produtividade de 8.325 kg por hectare, conforme relatório da Emater/RS-Ascar.
No entanto, o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar revelou que a colheita enfrentou obstáculos devido às chuvas volumosas que atingiram o estado em meados de março. Em várias regiões produtoras, as operações foram interrompidas em 15 de março, com alguns campos sofrendo danos como o acamamento de plantas e perdas na produção devido aos ventos fortes.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições climáticas foram mais favoráveis entre 11 e 14 de março, permitindo o progresso da colheita, especialmente em áreas como Dom Pedrito e Aceguá, onde 20% da área cultivada foi colhida. Entretanto, as chuvas intensas nos dias 15 e 16 de março paralisaram os trabalhos na Fronteira Oeste, levando a preocupações com possíveis danos às lavouras em fase de maturação.
Por outro lado, em áreas como Pelotas, a colheita continuou com intensidade, beneficiada pelo clima seco e ensolarado, o que proporcionou uma boa formação e maturação dos grãos. A maioria das lavouras está em estágio de maturação, representando 68% da área total, com expectativas de produtividade mantidas.
Em Santa Maria, 25% das lavouras estão em fase de enchimento de grãos, com uma expectativa de rendimento superior a 8 mil kg por hectare, enquanto em Soledade, as lavouras apresentam um bom desenvolvimento produtivo e fitossanitário, apesar dos desafios impostos pela alta temperatura e umidade, que criaram condições favoráveis para a incidência de brusone.
No que diz respeito à comercialização, o preço da saca de arroz apresentou uma leve redução de 1,12%, conforme levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar, passando de R$ 103,68 para R$ 102,52.
AGROLINK – Seane Lennon