A Bracell irá investir US$ 4 bilhões na planta de celulose em Água Clara, cidade a 193 quilômetros de distância de Campo Grande. O anúncio foi feito durante o Fórum Empresarial entre Brasil e Indonésia, neste domingo (17), no Rio de Janeiro. A unidade terá capacidade produtiva de 2,8 milhões de toneladas de celulose, em uma área localizada a 15 quilômetros do perímetro urbano da cidade. A perspectiva é de gerar 10 mil empregos nas obras e 3 mil na operação.
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), marcou presença no evento paralelo ao G20 para participar de uma rodada de negócios com empresários dos dois países ao lado dos titulares da Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul), Rodrigo Perez e Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul), Jaime Verruck.
“A Indonésia tem aparecido no nosso Estado, como a Bracell que tem investimentos importantes, naquele que vem a ser uma das grande fronteiras de investimentos na área de celulose, já chegando a 1,6 milhão de hectares de florestas plantadas. Nossa parte é criar cada vez mais um ambiente de negócios favoráveis para que empresas destes segmentos e outros possam investir”, disse o governador.
Durante o encontro, a comitiva de Mato Grosso do Sul apresentou a estrutura em termos de licenciamento ambiental, política de incentivos fiscais e investimentos em logística. O leilão das rodovias que fazem parte da Rota da Celulose, que vai ocorrer em 6 de dezembro na Bolsa de Valores mostra o cenário de investimento no setor.
“Foi uma reunião muito produtiva, que conseguimos alinhar uma série de pontos específicos”, completou o tucano.
O processo de licenciamento ambiental para a implementação da sexta fábrica de celulose do Estado já foi iniciado com estudo previsto para ficar pronto até fevereiro do ano que vem. Segundo Verruck, a empresa já tem investimentos importantes no Estado.
“Ela tem sua base de plantio em Água Clara, que já está se expandindo para Santa Rita do Pardo e Bataguassu. Começou no Estado há cinco anos, tem mais de dois mil empregos aqui e inaugurou recentemente um viveiro com mais de 250 mulheres contratadas”.
Por Fernanda Palheta – Campo Grande News