Na noite desta quarta-feira (1°/5), foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) o Decreto 57.596, declarando estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. O decreto, assinado pelo governador Eduardo Leite, surge em resposta aos impactos dos eventos climáticos desencadeados por chuvas torrenciais desde 24 de abril de 2024.
Chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais foram classificados como desastres de Nível III, caracterizados por danos e prejuízos elevados. Danos humanos, incluindo perda de vidas, e danos materiais e ambientais, com a destruição de moradias, estradas e pontes, foram destacados no decreto.
O decreto estabelece que órgãos e entidades da administração pública estadual prestarão apoio à população nas áreas afetadas, em cooperação com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil. Municípios também podem solicitar assistência semelhante, sujeita à avaliação e homologação pelo Estado. O decreto vigorará por 180 dias.
O governador Leite, em coletiva de imprensa na sede da Defesa Civil estadual, enfatizou a urgência das medidas preventivas, como a evacuação imediata de residentes em áreas de risco. Ele alertou sobre a previsão de aumento nos níveis dos rios devido às chuvas, instando os moradores a buscarem abrigo seguro.
Os relatórios da Sala de Situação indicam que áreas anteriormente afetadas estão sob risco de novos impactos, exigindo uma resposta coordenada e urgente. Equipes de resgate enfrentam desafios devido às condições meteorológicas adversas. O governo ativou o Gabinete de Crise para manter a comunicação eficaz e coordenar esforços.
Locais com barragens também estão sob alerta, embora não haja risco iminente de rompimento, estão sendo monitorados de perto devido à capacidade de suportar os altos volumes de água resultantes das chuvas.
O balanço da Defesa Civil do Rio Grande do Sul revela a extensão dos danos: 114 cidades foram atingidas, com pelo menos dez mortes confirmadas e outras 11 pessoas feridas. Milhares foram afetados por enchentes, deslizamentos de terra e desabamentos.
AGROLINK – Aline Merladete